Quem é e como vamos nos proteger de Juliana Prado?

Quando a notícia chegou que a criança havia morrido, o alvoroço tomou conta da cidade. Alguns familiares passaram mal e foram socorridos na emergência.

O menino estaria completando dois anos.

E ainda que vivesse em outro país, a modernidade tecnológica o havia tornado presente.

Fotos, vídeos, conversas online com a família. O seu desenvolvimento era acompanhado dia após dia.

Infelizmente as andanças da mãe pelo mundo não permitiram maior proximidade. Engenheira de software, especializada em IA, requisitada em inúmeros países, quando não estava viajando, dividia pelas redes sociais a rotina da família em uma pacata cidade no interior da Inglaterra.

O fato era que nunca haviam tocado a criança.

Agora, a mãe estava ali, diante da câmera, desmontando o que ela denominava "cenário do experimento"

O menino desde bebê era reborn.

Os vídeos e chamadas online foram produzidos por IA.

O marido era um ator.

A vizinhança europeia era feita de imagens projetadas em Chrome Key.

Ao que tudo indica, naqueles 10 anos de ausência, Juliana Prado nunca havia se mudado da cidade de Catanduva.