O amor se esconde,
Se abriga, em recintos
E lugares por onde vê
Sem ser visto
O amor finge não existir
Não saber nem ser sabido
Mas está lá, guardado
Protegido
O amor ocupa uma gaveta
Uma caixa sob a mesa
Por onde escoa um brilho sutil
que irrompe da fresta
Ele está lá.
Silencioso, calado
Alado.
Se lhe abrem as portas
Voa.
Ou bate as asas e espera
Alimento, aconchego, espaço
Nunca um nó ao pescoço atado
O amor espera ser encontrado.