Gosto do silêncio das manhãs quando me espreguiço sem pressa de levantar. Meus pés roçam o lençol, feito rabo de gato, com vagar. Sinto meu corpo pesado, afundando no colchão e o edredom pousado em mim. O calor entre as peças versus o frio tomando lugar. No breu do quarto, sob a máscara de dormir, meus olhos espreitam uma nesga de luz que vaza sob a porta. Lá fora, o dia convida. Cá dentro, meu corpo ignora. Quero ficar mais um pouco perto de mim. Sem planos nem expectativas, ouvindo em meu peito o meu coração bater.