Carol entrou bufando pela sala e encontrou a avó e a passadeira catalogando os presentes do amigo oculto. Mas, o pedido da matriarca foi a gota d'água no dia turbulento da neta, que disparou à queima roupa, contra aquilo que considerava um despautério:
___ Como assim?! Ajudar a fazer laços elegantes? Vó, os seus 80 anos não são desculpa para tanta alienação. Só essa pilha de presentes das suas amigas do clube do champanhe daria para matar a fome de, no mínimo, 100 famílias na favela. E, aliás, nenhuma dessas socialites precisa de nada disso para continuar vivendo de maneira excelente!
Nesse instante, Mirtes, a passeadora de cachorros, trazia nos braços o maltês, João.
___ Dona Clô, posso ir agora? Quero pegar meu filho na escola antes que essa chuvarada caia. A velha, sacudindo o bloco de notas, bradou:
___ Assim não há espírito natalino que se sustente! A minha neta despreza as tradições. A minha funcionária manda em mim. Vai, Mirtes! Senão daqui a pouco vou ouvir que estou te escravizando, só por pedir que você cumpra o seu horário fazendo lacinhos.
___ Eu te dou uma carona, Mirtes! Por aqui os amigos continuam ocultos ___ disse Carol puxando Mirtes pelo braço.
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Tenho pacotes especiais para escolas, que vêm acompanhados por um Projeto de Leitura, desenhado especialmente para a realidade da sua instituição. Além, obviamente, do encontro comigo para autógrafos.
Mais uma vez obrigada pela gentileza de me ler!
Adelaide Paula