Eu ajeitei as últimas peças de roupa no varal, quando ouvi a música do celular pedindo atenção. O som que escolhi para ele. Logo, o seu sorriso tomou metade da tela e eu ri junto porque o aparelho estava preso a uma calcinha, lugar onde ele nunca esteve antes.
Era certo que estávamos apaixonados. Só podia ser amor aquela vontade de estar junto o tempo todo. A alegria incontida dele nos últimos tempos era a prova disso. Nem se haviam passado oito horas de nosso último encontro e lá estava ele, cheio de entusiasmo e saudade. Humberto.
___ E aí, qual é o nome? Perguntei, levando o celular para um lugar de sombra, onde pudesse enxergá-lo melhor. Noite passada ele me havia prometido um título para meu novo livro.
___ Helena! Como você soube? Ia te contar assim que decidissemos namorar à sério. Ontem eu a pedi e ela aceitou.
...
___ ...É um bom nome... lembrei do cavalo de Tróia...
___ Alice, você é uma viagem! Disse ele rindo.