Adelaide Paula
A Literatura é o traje mais sofisticado que alguém pode vestir.
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MARIPOSA DOIS
No banco da igreja observo a mariposa
E seus insistentes vôos em torno da
Lâmpada
Pobre pequena e tola!
Perdeu a visão, ficou cega.
Ambiciosa e imprudente
Quer porque quer a luz somente.

Medito profundo e silenciosamente:
"Que eu não seja tal qual essa criatura
Que perdeu o senso, o limite, a censura
Em busca de um brilho falso que só mata e não cura"

Mariposa, mariposa
Deus te deu um par de asas
E a natureza a explorar
O brilho e o calor do sol
O céu inteiro em arrebol

Mas a ambição não te deixa ver
Que matas o que tens pelo "ter"
Insatisfeita, sempre em queixa
Trocas o amor incondicional
Por instantes de um prazer artificial

Da noite te escondes num luscofusco
Qualquer
Não enfrentas as sombras
Que carregas desde a infância
De um existir assim _
Sendo sempre o que não quer.

Mariposa, mariposa
Alteia os olhos um pouquinho só
E veja os corpos como o seu
Transformados em nada.
Transformados em pó!

Foge enquanto há tempo
Enfrenta a escuridão
Abraça o Criador
O brilho na imensidão
Pois perto de Deus
Nada é falso, nada é em vão.

@adelaidepaula
Adelaide Paula
Enviado por Adelaide Paula em 17/07/2019
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