ANJO MUDO
Meu desejo navega em seu olhar
E vez e outra me pego mirando
O azul do céu, tateando o invisível
Respirando fundo o perfume que
Me invade as narinas e a face.
De olhos fechados, transpiro
Saudade e quase posso vê - lo
Ali, adiante, aqui, bem dentro de mim
Suas mãos tocando uma xícara
Os dedos curtos, de bom formato
Sutis, suaves estão tocando de
Leve o meu braço, Abraço.
Acalento seu peso no meu peito
E meu pesar é ser tão leve o seu Existir
Queria refazer o caminho que lhe trouxe, a energia que nos atraiu e pelas madrugadas, em ondas magnéticas, me visitava com horário marcado.
O que me dói é o Inominável. Essa distância, esse abismo em que me lanço sem lhe encontrar. É indizível a dor que sinto, esse desejo naufragado em seu olhar, esse que não se cansa de me encarar.
Adelaide Paula
Enviado por Adelaide Paula em 29/09/2017
Alterado em 29/09/2017
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