COMO CONTROLAR O MAU PENSAMENTO
Esse texto eu escrevi para você que adora pensar mal sobre os outros. Deliberadamente, torce contra e se alegra quando as coisas vão bem mal do lado de lá. Você que vasculha a vida alheia, aponta erros e defeitos e bota fé que agora a coisa desanda. Ou seja, você que, religiosamente, alimenta pensamentos negativos e que acha que está tudo bem por que, afinal, é de você para com você mesmo e ninguém está envolvido porque é lá no seu pensamento que as coisas acontecem; não fará mal a ninguém. Pois é, caro leitor, por um lado você está mesmo certo: o seu pensamento negativo sobre os outros não afeta a ninguém a não ser você! Chocante, não? Você é o único prejudicado nessa relação pensamento-sentimento-ação. Olhe a sua volta, de olhos bem abertos e veja: sua vida não caminha bem. Olhe para as finanças, olhe para o campo cultural, olhe para os seus sentimentos, olhe para os seus relacionamentos familiares e sociais; olhe para a sua profissão. Está tudo meio estagnado, não é? Olhe de verdade. Seja franco consigo. Há um monte de coisas aí, fazem até volume, mas quase sempre parecem sem sentido. Meio triste, meio vazio, meio estragado. Pois é, essa tristeza, esse vazio vem dessa maneira negativa que você alimenta o olhar para a vida dos outros. Você sabia que semelhante atrai semelhante? Já ouviu falar na lei da semeadura? Você acha que vai plantar jiló e colher melancia? Não mesmo. O que você colhe ou irá colher logo, logo é fruto dessas sementes que você está cultivando. O bem ou mal sempre procura a fonte que o criou. Assim como o rio corre para o mar. Assim como terra gira até voltar ao ponto de partida. Assim como os peixes e os pássaros voltam ao lugar onde foram concebidos para procriar. Assim como a semente volta à terra para tornar-se semente de novo em um novo fruto. Se você planta o mal em seu pensamento e o alimenta em seu coração, ele nasce, cresce, reproduz e volta para você. O bem também. Por isso não vale a pena pensar o mal. Por isso é importante manter-se vigilante. E é fácil identificar um pensamento mau; ele desencadeia sentimentos incômodos, desconcertantes. Você se sente menos digno. Mais canalha. Então, sabendo disso, e dispostos a não ser mais assim, vamos agir e cortar essa energia. E sabe por quê? Se você não colocar um ponto final no pensamento, logo virá o segundo estágio que é o sentimento e por fim, a ação. Assim aconteceu com Suzane von Richthofen. O homicídio de seus pais primeiro aconteceu em seu pensamento, depois foi alimentado em seu coração e se transformou em ação após longos diálogos com os co-autores do crime. Chocante? Pois então, é isso o que pode acontecer com os “inocentes” maus pensamentos que você vem alimentando. Por isso, use uma técnica para identificar o quanto você pensa mal durante o dia. Coloque uma moeda no bolso ou bolsa e sempre que pensar algo ruim sobre si ou alguém, mude a moeda de lugar. Anote até 20 vezes o motivo do pensamento. Não mais. Passe a refletir sobre o real sentido desse pensamento. Resolva o que pode ser resolvido, por exemplo, conversando com um profissional sobre isso. Repita a partir do dia seguinte a mesma atividade de uma forma diferente: Mude a moeda de lugar, mas acrescente uma frase positiva, oposta ao pensamento inicial. Assim: “Eu troco esse pensamento por uma oração para o bem estar de fulano/fulana” e faça a oração. Não verbalize o que pensou de mal, apenas a parte boa. Não é necessário sentir verdade nisso; esse é um exercício de Neurolinguística. Você está reprogramando sua mente. Faça isso todos os dias. Anote o que desejou, orou e falou – só o que foi bom. Dedique-se a lista de vinte até zerar. Com o tempo, essa moeda pode ser imaginária. Mapeie os pensamentos, substitua-os por bons pensamentos. Aos poucos seus sentimentos também mudarão; e se você agregar a essa atividade outras terapias, mas eficiente será a sua cura. Ninguém precisa saber o que você está fazendo e ninguém além de você precisa fazer isso para dar certo. Isso é Neurolinguística: dá certo e ponto. Depois é só observar o bem voltando para você. O fruto de suas novas sementes.
Adelaide de Paula Santos em 06/05/2017, às 15:39.
Adelaide Paula
Enviado por Adelaide Paula em 06/05/2017