Agora é só entre nós. Nunca foi diferente, não é? E estou aqui, universo querido, para reafirmar minha disposição em expandir o meu universo dentro do seu. Sei que me deixei levar pelas ideias alheias. Sei que até acreditei que eram meus aqueles pensamentos. Por um breve tempo eu acreditei, mas agora eu sei. Mesmo que eu me inspire em alguém, mesmo que esse alguém mui amorosamente queira me enredar numa teia nova, cheia de boas intenções. Agora eu sei, meu infinito e desdobrável universo: agora é entre mim e ti. Somente nós dois. Reafirmo, portanto, o meu inexorável desejo de expandir. Quero sair da casca do ovo. Quero nascer de novo. E de novo renascer. E só você tem o poder de me levar tão longe quanto a minha imaginação, tão imaginativa, sequer pode imaginar. Leva-me, então, estendo-lhe a mão. Vou de bom grado para qualquer lado, mesmo que seja esse lado o mergulhar muito profundamente no universo de mim mesma. Façamos um pacto: eu permaneço contigo e você fica do meu lado. Sem subterfúgios serei feliz assim, dentro desse perímetro em torno de mim. Sem esperas ou ansiedades. Sem promessas ou estagnação. Eu em mim me desdobrando e me encontrando sempre nova e renovada. Estendo-lhe a mão; não como quem acompanha. Não. Estendo-lhe a mão como quem se entrega, como o filho dá os braços a mãe. Sem reservas, só entrega. Certa como o bebê que vou receber. Você viu, universo, que mágico trocadilho? Aceito sim. Se vier de você, aceito. Sem medo. Aceito. Concordo. Digo sim. Claro! De acordo. Sim, perfeitamente. Acredito. Recebo. Abraço. Acolho. Aconchego. Vejo. Toco. Ouço. Sinto. Aprecio. Saboreio. Perfeito. Inteiro. Pleno. Puro. Agradeço!
GRATIDÃO

Adelaide de Paula Santos em 17/04/17, às 22:58

P.S.: O erro pode (se) revelar segredo.