ESPANTO
Não me espanta que tenham-no traído,
Estava previsto.
Espanta-me por tão pouco tenham-no vendido.
Não me espanta que tenham - no julgado,
Já estava previsto.
Espanta -me que a multidão que lhes estendeu ramos,
Agora não estivesse a seu lado.
Não me espanta que o tenham crucificado,
Já estava previsto.
Espanta-me a crueldade, a barbárie.
Por que bater no rosto?
Por que cuspir na cara?
Por que despir a veste?
Por que vestir fantasia?
Por lançar sorte na roupa?
Por que coroar de espinhos?
Por quê?
Eu me pergunto, o por quê?
Por que trocar a água por vinagre?
Por pura maldade? Por quê?
E onde estavam os curados,
Os libertos,
Os visitados,
Os exorcizado,
Os confidentes,
Os abençoados,
Os antes humilhados,
Agora exaltados?
Onde estão os protagonistas,
Que não vêem o que fazem seus antagonistas?
Anônimos tomaram para si a perspectiva. Debocharam, humilharam, cometeram heresia.
Martirizaram o filho de DEUS.
Adelaide Paula
Enviado por Adelaide Paula em 14/04/2017
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