Fim de tarde,
Uma canção, uma brisa quem sabe,
Anuncia o fim, o fim da tarde.
Eu aqui estive comigo mesma e mais ninguém...
No Viber, a sua promessa, você diz que vem.
Mas, no fundo do meu peito, eu sei:
A vida é o agora, este hoje em que medito.
Não sonho, nem estou alienada.
Eu sei que o hoje é o meu tudo.
E as suas e outras promessas,
São como o nada.
Mas, o presente também é feito de sonhar.
Como notas de uma doce sinfonia,
Que reverberam no ar.
Clair de lune anuncia o fim,
Mas, Vivaldi rompe a melancolia,
Trazendo outra melodia.
São as quatro estações que povoam meu peito
E gritam melodicamente que viver
É acreditar...
Espero por você como espero o amanhecer,
Mesmo sabendo que posso não acordar.
A vida é um mistério em que depositamos nossa fé,
Mesmo sem provas ou garantias,
Despedimo-nos à noite,
Certos que diremos amanhã: Bom dia!

Adelaide de Paula Santos em 26/03/2017, às 16:17