Olhe para o céu e veja a lua. Estamos na lua cheia. Considerando que a lua tem influência sobre diversos eventos terrestres deveríamos, sempre que possível, consultar as fases da lua. Sabemos, por exemplo, que a lua interfere nas marés devido à força gravitacional que a terra exerce sobre ela e vice-versa. A intensidade dessa força é o que determina as marés altas e baixas. Pensando nisso, nós que somos quase 70% de água, não sofreríamos os reverses dessa força? Muitos acreditam que sim e creditam à lua os reverses emocionais, a transição de humores e vontades. O fato é que somos força que impulsiona, mas também somos influenciáveis. Um filósofo aqui, um pensador acolá. Meia dúzia de “parole” depois e cá estamos nós tomando decisões para a vida inteira. Indo às ruas, levantando bandeiras, bradando aos quatro ventos as nossas verdades. Somos marés levadas pelas mudanças da lua, ou melhor, das luas. Luas travestidas das mais diversas personas; personalidades sedutoras, formadores de opinião, políticos de última hora, jornalistas eloquentes, líderes de movimentos pseudo-libertários. E, quando nos damos conta, estamos tão enredados quanto aquela mosca ali em cima perto do teto; aquela presa na teia reluzente e sedutora daquela aranha de bocarra arreganhada prestes a devorá-la. Somos tolos e cheios de tolice. Vaidosos e a vaidade é o nosso calcanhar de Aquiles. Uma rede social é o que queremos, é o nosso mega fone para bradarmos nossos conhecimentos, nossas crenças, bem ao modo da lua que nos influencia. E, tal qual as marés, nos alteramos e invadimos o lugar do outro, ou secamos, deixando um vácuo de compreensão no discurso. O que não percebemos e, daí a importância de observar o movimento da lua, é que a essa altura nossa lua inspiradora já mudou e“... nada mais é igual ao que era antigamente...” Enquanto você fazia aquela caminhada, bradava suas verdades, assentia com o palavrório bonito; nos bastidores, outras tramas eram tecidas. Tudo não passava de teia reluzente para atrair mosca distraída. Você, Linnaeus! Uma inofensiva mosquinha que só pensa na guloseima alheia para por suas patas. Aliás, Linnaeus, prepare-se para trabalhar até ficar de barbas brancas e aí, tendo barbas, quem sabe você não aprenda a pô-la de molho na próxima lua dita “nova”.

Adelaide de Paula Santos em 13/03/2017, às 21:09.

I changed the level in English!!

P.S.:  
A propósito, estamos na LUA CHEIA!            
Dizem que a lua cheia é favorável aos relacionamentos sociais; conscientização de bloqueios, obstáculos e problemas; às mudanças de residência; ao abandono de hábitos antigos; à comunicação de novas ideias e planos, às atividades que exijam força de vontade e determinação.