Gente de reticências...
Eu sei que algumas ideias se parecem filosofias de autoajuda, mas eu tenho enredado, é esse verbo mesmo, enredar, como se fosse uma trama se construindo aos poucos, fio a fio, na minha mente, uma série de pensamentos sobre mim e as minhas relações, e as coisas com as quais eu lido no meu dia-a-dia.
E eu não quero mais perto de mim pessoas que não assumem seus afetos, gente que gosta, mas vive numa eterna reticência, deixando em aberto sua vontade e seu desejo.
Eu quero gente que ame e demonstre amor. Quero atitude e não solicitude. Educação não preenche vazio, diplomacia não cura carência. Essa gente eu as quero longe de mim. Elas que me perdoem e a elas também dou meu perdão.
Eu as entendo. Eu imagino como é ser “obstruído”, incapaz de largar os lastros de uma vida ruim, mas que juntou visgo. Uma vida que prendeu como a teia da aranha prende para depois matar.
Eles estão mortos, na vontade, na coragem e no desejo. E por elas entôo meus mantras e orações. Peço a Deus que me liberte delas. E as libertem delas também.
16/01/2012
Adelaide Paula
Enviado por Adelaide Paula em 16/01/2012
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